Irmãos Brazão, suspeitos no caso Marielle Franco, são transferidos para penitenciárias federais

Operação da Polícia Federal leva Domingos e Chiquinho Brazão para prisões em Campo Grande e Porto Velho

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 27/03/2024 - 14:22 hs
Foto: ALERJ


Nesta quarta-feira (27), os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que estão em prisão preventiva no processo de investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foram transferidos em uma operação realizada pela Polícia Federal. A aeronave que transportava os suspeitos decolou de Brasília com destino às penitenciárias federais de Campo Grande, onde está prevista a chegada de Chiquinho, e de Porto Velho, destino de Domingos.

 

 

Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram presos no último domingo (24) após o relatório final da investigação apontar que Domingos e Chiquinho teriam contratado o ex-policial militar Ronnie Lessa para assassinar Marielle. Rivaldo é acusado de ter participado do planejamento do crime e de ter usado seu cargo para dificultar as investigações.

 

As transferências ocorrem um dia após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiar a votação sobre a legalidade da detenção de Chiquinho Brazão, que é deputado federal pelo Rio de Janeiro e está sem partido após ser expulso do União Brasil. A prisão do parlamentar precisa ser analisada e aprovada pela maioria dos 513 parlamentares que compõem a Câmara dos Deputados, de acordo com as prerrogativas previstas na Constituição Federal.

 

Rivaldo Barbosa, por sua vez, permanece em Brasília e não foi transferido na operação.

 

Caso

A vereadora Marielle Franco foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, após participar de um encontro no Instituto Casa das Pretas, no centro do Rio de Janeiro. O carro em que ela estava era conduzido pelo motorista Anderson Gomes, que também foi alvejado. Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser o executor do crime, aguarda julgamento e está preso desde 2019, cumprindo pena por outros crimes, como contrabando de armas de fogo.