Pastor Júnior é preso acusado de lavar dinheiro para o PCC através de igrejas evangélicas

Investigação revela esquema de lavagem de dinheiro envolvendo irmãos no interior de São Paulo

Por Da Redação com O fuxico Gospel 25/04/2024 - 11:39 hs
Foto: Reprodução


No luxuoso condomínio de Sorocaba, interior de São Paulo, um fato chocante abalou a comunidade. Geraldo dos Santos Filho, conhecido como Pastor Júnior, de 48 anos, foi preso há pouco mais de um ano sob acusações de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) através do uso de igrejas evangélicas. Segundo investigações do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o pastor teria acumulado um patrimônio de pelo menos R$ 6 milhões nesse esquema.

 

 

Pastor Júnior, irmão de Valdeci Alves dos Santos, apelidado de Colorido e um dos líderes da facção criminosa, tem sua origem em Jardim de Piranhas, Rio Grande do Norte. Ambos migraram para São Paulo na vida adulta, onde se envolveram em atividades criminosas e se associaram ao PCC, embora tenham seguido caminhos diferentes dentro da organização. Enquanto Valdeci ascendeu na hierarquia da facção, Geraldo se envolveu no ramo das igrejas evangélicas, sem ocupar nenhum posto de liderança no crime organizado, de acordo com o promotor Augusto Lima do MPRN.

 

A investigação do MPRN revelou que Geraldo adquiriu cinco igrejas no Rio Grande do Norte e duas em São Paulo. Essas instituições teriam sido utilizadas para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, principal fonte de renda do PCC.

 

 

Essa não é a primeira vez que Geraldo enfrenta problemas com a justiça. Em fevereiro de 2002, ele foi preso com 12 quilos de cocaína na Rodovia Castelo Branco. Condenado a sete anos e seis meses de prisão em regime fechado, conseguiu fugir após a publicação da sentença em 2003. Somente em 2019 foi recapturado, período em que aumentou consideravelmente seu patrimônio através da utilização de "laranjas" para aquisição de propriedades e igrejas, segundo os promotores. Estima-se que ele tenha acumulado pelo menos R$ 6,1 milhões no período de 2002 a 2019.

 

Atualmente, tanto Geraldo quanto seu irmão Valdeci encontram-se detidos no sistema penitenciário federal, aguardando julgamento das acusações recentes. As investigações sobre o uso de instituições religiosas para atividades de lavagem de dinheiro continuam, com o objetivo de desarticular o crime organizado no Brasil. A sociedade aguarda por justiça e por medidas que garantam a integridade das instituições religiosas e a segurança de seus fiéis.