A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em Belo Horizonte, da Polícia Civil de Minas Gerais, está apurando as declarações controversas do pastor Lúcio Barreto Júnior, conhecido como Lucinho Barreto, de 52 anos. Um vídeo em que o pastor afirma ter beijado sua própria filha na boca se tornou viral nas redes sociais na noite de quinta-feira (2).

Durante um culto realizado em abril deste ano, com o tema "paternidade", Lucinho fez comentários sobre sua filha, chamando-a de "mulherão". A gravação do culto contou com a presença do filho do pastor, Davi Barreto, que também é pastor.

Lucinho Barreto é um dos líderes religiosos da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Diante da grande repercussão, o pastor gravou um vídeo dentro do banheiro de um avião, publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (3), explicando que o beijo foi "inocente e puro", com o intuito de elevar a autoestima da filha.

Em seu site pessoal, Lucinho Barreto descreve-se como bacharel em Teologia Ministerial pelo Seminário Teológico Evangélico do Brasil (STEB) e mestre em Teologia pela Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA), de Londrina/PR.

A filha do pastor, Emily Barreto, afirmou nas redes sociais que o vídeo foi tirado de contexto, sem especificar em que circunstância a fala seria aceitável. Ela ressaltou que seu pai nunca fez nada de inapropriado e sempre foi um exemplo de figura paterna.

O G1 entrou em contato com o Ministério Público de Minas Gerais para saber se as declarações do pastor serão investigadas e aguarda resposta. A reportagem também questionou a Igreja Batista da Lagoinha e aguarda retorno.