Luiz da Conceição da Costa, 43 anos, foi retratado como um pedreiro casado, pai de família e sem antecedentes criminais, mas estas características contraditórias acompanharam sua identificação como principal suspeito do sequestro e violação de uma menina de apenas 7 anos na localidade de Rio Largo. Na última terça-feira (6), ele teve sua liberdade revogada por força de um mandado judicial.

De acordo com Teila Rocha, a delegada encarregada das investigações, a imagem pública de Luiz da Costa era a de um homem sereno, recebendo a confiança e o apreço daqueles que residiam próximos a ele. "Estamos diante de um sujeito sem registros de ofensas prévias, que levava uma vida normal. Tinha sua parceira e era considerado um indivíduo pacífico e apreciado na sua comunidade. Um homem de família, com filhos", expôs a oficial da polícia.

Nascido em Maribondo, um recanto interiorano de Alagoas, Luiz da Costa cometeu seu ato criminoso em Rio Largo, onde a jovem vítima foi abandonada em um canavial nas proximidades do Aeroporto Zumbi dos Palmares. A captura do suspeito ocorreu a considerável distância, em Arapiraca, situada no Agreste Alagoano, a aproximadamente 130 km da cidade metropolitana de Maceió, em um negócio local.

Somente na manhã do dia da prisão foi que a imagem de Luiz da Conceição alastrou-se publicamente pela primeira vez desde a repercussão do ilícito em 21 de janeiro. A divulgação de sua fisionomia foi crucial, levando conhecidos do suspeito a contatarem as autoridades após reconhecê-lo nas cenas do delito.

Além de denunciar, as buscas na residência de Luiz da Costa resultaram em achados significativos. Os oficiais encontraram tanto a motocicleta quanto o capacete possivelmente usados durante o crime. Conforme articulado por Lucimério Campos, diretor de Polícia Judiciária da área, houve quem questionasse o suspeito sobre o ato horrendo, mas todas as vezes Luiz negou envolvimento.

Ele permanecerá sob custódia judicial, respondendo ao processo enquanto detido.

Detalhes do Caso

A infância de sete anos, vítima do sequestro e abuso em Rio Largo, enfrentou um horror inimaginável ao ser levada e violentada em um canavial perto do Aeroporto Zumbi dos Palmares. Depois do ato atroz, ela foi deixada no mesmo local onde mais tarde foi encontrada por um casal que transitava na área.

Conforme as palavras de Ricardo Menezes, delegado à frente do caso inicialmente, prontamente após o resgate a criança foi encaminhada ao hospital para exames, que confirmaram a agressão sexual através de vestígios de sangue em suas partes íntimas. Além disso, amostras foram coletadas para análise forense.

A menina compartilhou sua experiência traumática em uma audição especializada, organizada pela Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente.

As investigações revelaram que o agressor se deslocava em uma motocicleta de cor azul escura, e o sequestro foi capturado por câmeras no dia 21 de janeiro, momento em que a menina estava acompanhada por uma prima de 10 anos, que se negou a interagir com o homem.