Em uma operação conduzida pela Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Deacav), um líder religioso de 57 anos foi preso na última terça-feira (09), na capital sergipana, sob a acusação de estupro de vulnerável. A condenação, divulgada nesta quarta-feira, encerra um longo período de investigações referentes a um crime cometido em 2012, quando a vítima tinha apenas 16 anos.

A delegada Josefa Valeria, à frente das investigações, revelou detalhes perturbadores sobre o método utilizado pelo condenado para cometer o crime. Segundo ela, o líder religioso, que atuava em uma igreja na Grande Aracaju, se valia da autoridade espiritual para ficar a sós com suas vítimas e utilizava um óleo supostamente ungido. Este óleo continha uma substância que dopava as vítimas, incapacitando-as de resistir ao abuso.

"Ele ficava sozinho com as vítimas, e esse óleo continha uma substância que, ao ser inalada, as deixava dopadas e sem reação, incapazes de resistir ao investigado", detalhou Valeria.

Após um meticuloso processo judicial, o líder foi condenado a nove anos de reclusão. "Assim que a condenação foi confirmada, cumprimos imediatamente a decisão judicial de prisão", afirmou a delegada.

Valeria também esclareceu que a tipificação do crime como estupro de vulnerável se deu pela comprovação da incapacidade de resistência da vítima, devido à manipulação e ao uso da substância. "Por ter sido utilizado um método que impossibilitou a resistência da vítima, ele foi condenado por estupro de vulnerável", especificou.

Na época dos fatos, foi revelado que não se tratava de um caso isolado, com outras vítimas denunciando práticas similares pelo mesmo indivíduo. Com a prisão efetivada, o condenado agora se encontra à disposição da Justiça.