Netanyahu afirma que Israel pode enfrentar o Hamas sozinho, apesar da suspensão do envio de armas pelos EUA

Primeiro-ministro israelense adota tom conciliatório após discurso belicoso e destaca a importância de proteger o país

Por Da Redação com Metrópoles 10/05/2024 - 10:34 hs
Foto: Bernd von Jutrczenka/picture alliance via Getty Images


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país é capaz de enfrentar o grupo extremista Hamas mesmo sem o apoio dos Estados Unidos. Essa afirmação surge após a decisão dos EUA de suspender o envio de armas, especialmente em relação a uma operação planejada na cidade de Rafah.

 

 

Os Estados Unidos prometeram não fornecer mais armamentos a Israel caso as forças militares invadissem Rafah, uma cidade na Faixa de Gaza que serve como rota de saída para civis em direção ao Egito e entrada de ajuda humanitária. Porém, os militares israelenses insistem que o local é um suposto último esconderijo dos terroristas.

 

Netanyahu mencionou a guerra de 1948 pela independência de Israel, na qual o país não possuía armas. "Havia um embargo de armas contra Israel, mas com grande força de espírito, heroísmo e união, saímos vitoriosos", lembrou o primeiro-ministro.

 

 

Posteriormente, em uma entrevista com o apresentador norte-americano Phil McGraw, Netanyahu adotou um tom mais conciliatório em relação ao presidente Joe Biden. Ele ressaltou que, embora haja divergências, é possível superá-las. No entanto, reforçou que fará o necessário para proteger o país.

 

Apesar disso, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que possuem armamentos suficientes para continuar a ofensiva em Rafah. O porta-voz da IDF, contra-almirante Daniel Hagari, destacou que têm o necessário para as missões planejadas, incluindo as operações em Rafah.

 

 

Especialistas apontam que o problema vai além da Faixa de Gaza, pois se os EUA mantiverem a suspensão do envio de armas, Israel poderia enfrentar dificuldades em uma possível frente ao norte contra o Hezbollah.

 

O governo do Hamas, juntamente com órgãos internacionais, destaca a presença de mais de 1 milhão de civis em Rafah. Por essa razão, os EUA e diversas outras nações, incluindo a ONU, pediram que Israel não invadisse a cidade. No entanto, a operação foi realizada.