Nesta quinta-feira (25), as polícias Civil e Científica de Alagoas realizaram mais uma operação de combate à pornografia infantil. Equipes da Delegacia dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente e do Instituto de Criminalística cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma residência na região de Ponta Grossa, em Maceió. O alvo da operação é um homem acusado de enviar mensagens com conteúdo de perversão sexual para uma mulher.

A investigação teve início após a mulher denunciar o suspeito à delegacia, informando que ele havia iniciado conversas com ela em uma rede social. As mensagens salvas continham conteúdo de incesto, pedofilia, zoofilia, além de uma suposta confissão de um crime de estupro contra uma criança. O acusado também tentou persuadir a vítima a enviar vídeos e fotos de sua filha, menor de idade.

O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 14ª Vara Criminal da Capital, após a investigação da DCCCA. O objetivo da operação era identificar e apreender computadores, telefones celulares, HDs externos, pendrives, cartões de memória e quaisquer outros dispositivos de armazenamento digital que pudessem ser utilizados para atos ilícitos.

"Acompanhamos esse caso desde março e, após obtermos provas substanciais, solicitamos à Vara a autorização para a busca que foi cumprida hoje. É importante ressaltar a importância de as vítimas sempre salvarem as conversas, não se calarem e denunciarem, para que crimes como esse não fiquem impunes", afirmou a delegada Teila Rocha.

O chefe do Instituto de Criminalística de Maceió, perito criminal Charles Mariano, explicou a participação da instituição na operação, utilizando a unidade móvel para realizar a perícia durante a busca e apreensão. Essa perícia pode fornecer elementos probatórios importantes para o curso das investigações, além de apontar evidências de outras práticas criminosas.

"A participação do Instituto de Criminalística é fundamental no combate à pedofilia, pois a perícia realizada no local das operações pode fornecer evidências cruciais para a investigação e o flagrante dos crimes. É um trabalho muito importante e delicado", destacou o chefe do IC de Maceió.

Durante a análise na casa do suspeito, um notebook, pendrives e um smartphone foram examinados pelo perito criminal chefe de perícias internas, Ivan Excalibur. O aparelho celular, da marca Motorola, foi apreendido e lacrado no local dos exames, seguindo todas as medidas necessárias para a cadeia de custódia.

"O telefone será encaminhado pela delegacia para a seção de crimes informáticos forenses, onde serão realizados os exames de extração de dados do dispositivo e do chip, utilizando ferramentas especializadas. Esse material será analisado de acordo com o objetivo definido pela autoridade requisitante, visando fortalecer o inquérito policial", explicou o perito criminal.