Presidente da Câmara, Arthur Lira, admite erro ao criticar ministro

Lira reconhece equívoco ao chamar Alexandre Padilha de

Por Da Redação com Extra Alagoas 24/04/2024 - 13:55 hs
Foto: Divulgação/ TV Globo


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), admitiu em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, que errou ao se referir ao ministro Alexandre Padilha como "desafeto pessoal" e "incompetente". Lira destacou que não tem problemas em reconhecer seus erros e acertos.

 

 

Embora tenha admitido o equívoco, Lira afirmou que a insatisfação com o ministro já era conhecida por interlocutores do governo. Ele ressaltou que vinha alertando há meses sobre a falta de efetividade na articulação política. O presidente da Câmara argumentou que o objetivo é garantir que as matérias cheguem ao plenário de forma mais bem elaborada.

 

Ao ser questionado sobre as ações de Padilha contra ele, Lira foi evasivo e preferiu tratar o assunto com cautela. Não entrou em detalhes sobre os motivos de sua insatisfação.

 

 

Durante a entrevista, Lira também abordou a relação entre o Judiciário e o Legislativo. Ele afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) "tem seus excessos" e que o Judiciário tem ultrapassado suas funções, chegando a legislar. Para Lira, isso provoca reações por parte do Congresso. Ele defendeu restrições nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), a fim de evitar que o Judiciário tumultue a relação entre os poderes.

 

Lira negou ter influenciado a votação que manteve a prisão preventiva de Chiquinho Brazão, envolvido no caso da vereadora Marielle Franco. Segundo o presidente da Câmara, a votação tratava de questões processuais e não do mérito do caso. Ele destacou que a decisão de voto foi individual e refutou qualquer influência do governo Lula.

 

Quanto à instalação de CPIs na Câmara, Lira afirmou que isso será acordado entre os líderes partidários. Ele ressaltou que é preciso avaliar a agenda em um ano de eleições municipais e negou que as CPIs sejam uma forma de retaliação ao Executivo. Lira também afirmou que não é um "antagonista" do governo Lula e que nunca buscou criar dificuldades para os chefes do Executivo com os quais conviveu, seja Lula ou Jair Bolsonaro.