No último domingo, 21 de abril, ocorreram manifestações em várias cidades da Colômbia, sendo a mais expressiva delas em Bogotá, onde milhares de pessoas se reuniram na Praça Bolívar, em frente ao Palácio Presidencial. Os manifestantes expressaram sua discordância em relação às políticas de reforma propostas pelo presidente Gustavo Petro. Estima-se que o número de participantes varie entre 250 mil e 500 mil pessoas, de acordo com diferentes fontes. Os protestos têm se tornado cada vez mais frequentes desde que Petro assumiu o cargo, em 2022, mas ganharam destaque recentemente.

As propostas de Petro incluem possíveis alterações na Constituição para promover reformas sociais, o que tem enfrentado resistência de um Congresso adversário e de grupos empresariais conservadores. Recentemente, o presidente sofreu uma derrota quando o Congresso não aprovou legislação para aumentar o controle estatal sobre o sistema de saúde do país. Em resposta, Petro emitiu um decreto para adquirir duas das principais seguradoras de saúde do país.

Os protestos foram convocados por grupos de oposição e ocorreram em pelo menos 20 cidades colombianas, reunindo pessoas de diversos setores, incluindo organizações médicas, caminhoneiros e antigos aliados de Petro. Em cidades como Cali e Medellín, centenas de milhares de pessoas participaram, expressando sua oposição através de slogans como "Fora Petro!".

Além de criticarem os planos de Petro para nacionalizar o serviço de saúde e outras iniciativas de reforma, os manifestantes também denunciaram a violência contínua no país, apesar das negociações de paz em andamento. O cenário político na Colômbia continua tenso, com a população demonstrando seu descontentamento e exigindo mudanças em relação às políticas propostas pelo presidente.