A Polícia Civil de Alagoas deflagrou nesta sexta-feira (19) a Operação Deepfake, que tem como objetivo combater a manipulação de imagens pornográficas com a sobreposição do rosto de adolescentes. A ação está sendo realizada em diferentes bairros de Maceió, incluindo partes baixa e alta da cidade, bem como em Marechal Deodoro, no Litoral Sul do estado.

Todos os alvos da operação são menores de idade, com idades entre 15 e 17 anos, e possuem um poder aquisitivo entre médio e alto padrão. Os bairros de Maceió onde a operação está ocorrendo são Ponta Verde, Jatiúca, Mangabeiras e Serraria. Até o momento, foram apreendidos notebooks, celulares e tablets. A quantidade exata de material confiscado será divulgada pela polícia ao longo da ação.

Entre os dispositivos apreendidos, estão celulares com valores que variam entre R$5 mil e R$8 mil, de acordo com informações fornecidas pela polícia. A operação está sendo conduzida pelos delegados Daniel Mayer, diretor do Departamento de Polícia Judiciária 1 (DPJ1), e Sidney Tenório, titular da Delegacia de Crimes Cibernéticos.

O que é o deepfake?

O termo "deepfake" é uma combinação das palavras em inglês "deep learning" (aprendizado profundo) e "fake" (falso). Trata-se de uma técnica que utiliza inteligência artificial para sintetizar imagens ou sons humanos, principalmente para combinar rostos ou vozes em vídeos preexistentes. Embora possa ser utilizado para fins criativos, como no cinema ou em dublagens, o deepfake também apresenta desafios éticos e de segurança. Muitas vezes, é utilizado para disseminar notícias falsas, difamar pessoas ou, como no caso dessa investigação policial, criar conteúdo pornográfico utilizando a imagem de terceiros sem o consentimento deles.