Novo filme polêmico com Wagner Moura estreia no Brasil após grande sucesso nos EUA

Filme distópico da A24 conquistou público ao retratar uma guerra civil nos Estados Unidos

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 18/04/2024 - 14:08 hs
Foto: Divulgação/A24


Nos últimos anos, a produtora A24 conquistou vitórias no Oscar, incluindo as quatro categorias principais em 2023, sendo a primeira da indústria a realizar esse feito. Com filmes independentes como "De Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo" e "Zona de Interesse", a empresa ganhou o público. No entanto, parece que a estratégia de escolha de novos projetos está mudando. Nesta quinta-feira (18), estreia nos cinemas o filme "Guerra Civil", o primeiro da A24 que se aproxima de um blockbuster, com o intuito de atrair multidões às telonas, e conta com a participação do renomado ator brasileiro Wagner Moura.

 

 

A produção promete trazer ação de primeira linha inserida em um cenário vorazmente realista. A trama se passa em um mundo distópico, onde os Estados Unidos vivem uma guerra civil. Alianças entre estados, como Texas e Califórnia, são formadas na tentativa de derrubar um presidente fascista (interpretado por Nick Offerman), que está no poder há três mandatos e fechou todas as instituições que poderiam removê-lo legalmente.

 

No enredo, os Estados Unidos enfrentam sua primeira guerra civil desde 1865. Um grupo de jornalistas, liderado por Lee Smith (interpretada por Kirsten Dunst) e Joel (interpretado por Wagner Moura), atravessa o país em direção a Washington D.C. em busca de uma entrevista exclusiva com o presidente, que está prestes a ser destituído ou até mesmo assassinado. Essa entrevista seria o grande furo de reportagem que falta para completar o quadro do conflito. A dupla não está sozinha, eles são acompanhados por Sammy (interpretado por Stephen Henderson), um jornalista experiente do The New York Times e amigo de longa data, e por Jesse, uma jovem aspirante a fotojornalista de guerra, que almeja seguir os passos de Lee.

 

 

O grupo viaja pelos Estados Unidos, registrando a dura realidade do conflito e lutando para sobreviver em meio à violência nas ruas do país. Não é surpresa que abordar uma guerra civil nos Estados Unidos em pleno ano de eleições presidenciais cause polêmica, principalmente em um país cada vez mais polarizado politicamente.

 

A campanha de divulgação do filme gerou discussões nas redes sociais por apresentar uma simulação de uma nova guerra, especialmente após os conflitos recentes, como o ataque ao Capitólio em 2021. Em uma entrevista à Vulture, o diretor Alex Garland comentou sobre as acusações que tem recebido, mas se defendeu, afirmando que o objetivo do filme não é entrar nas divisões políticas dos Estados Unidos.

 

"O filme é sobre jornalismo. É sobre a importância do jornalismo. É sobre reportagem. O filme tenta funcionar como repórteres antiquados. Essa é a coisa número 1", disse o diretor. Ele ressaltou que é importante reconhecer que vários países estão passando por políticas populistas e polarizadas que estão resultando em divisões extremas, e que o extremismo e o fascismo são consequências finais desse populismo.

 

 

Antes mesmo de seu lançamento, "Guerra Civil" já quebrou recordes. Com um orçamento de US$50 milhões - fora o marketing -, ele se tornou o filme mais caro da história da A24, superando "Beau Tem Medo", que custou US$35 milhões. Nos Estados Unidos, o filme estreou na semana passada diretamente no topo das bilheterias, arrecadando impressionantes US$25,7 milhões, superando grandes nomes como "Godzilla vs. Kong" e "Ghostbusters: Apocalipse do Gelo".

 

"Guerra Civil" está em cartaz em diversos cinemas de Alagoas, incluindo o Arapiraca Partage Shopping, Arte Pajuçara, Centerplex (Shopping Pátio Maceió), Cinesystem (Parque Shopping), Grupo Cine (Shopping da Vila - Delmiro Gouveia) e Kinoplex (MaceióTítulo: A24 surpreende com seu primeiro blockbuster "Guerra Civil", estrelado por Wagner Moura.