Presidente da Câmara dos Deputados cogita a abertura de cinco CPIs em meio a tensões políticas

Arthur Lira levanta possibilidade de investigações parlamentares após troca de farpas com Alexandre Padilha

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 17/04/2024 - 11:03 hs
Foto: Assessoria


Após um embate político com Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais do governo Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), levantou a possibilidade de autorizar a instalação de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). O anúncio oficial está previsto para ocorrer nesta quarta-feira (17) e será apresentado aos 513 deputados, juntamente com informações sobre quais investigações serão contempladas. As informações foram divulgadas pelo site Diário do Poder.

 

 

As declarações recentes de Arthur Lira, em que rotulou Alexandre Padilha como incompetente, inflamaram os ânimos e agora refletem na abertura das CPIs, evidenciando uma clara divisão entre o presidente da Câmara e o Palácio do Planalto. Embora não tenha mencionado quais serão as comissões a serem anunciadas, existem várias propostas, especialmente da oposição, que pedem investigações sobre temas como o escândalo dos "respiradores fantasmas" e a suposta interferência do judiciário na liberdade de expressão e no devido processo legal.

 

Um dos pontos de atrito entre Lira e o governo é a possibilidade de instauração da CPI do Abuso de Poder de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma demanda sensível devido à tensão entre os poderes Executivo e Judiciário. Caso essa CPI seja de fato criada, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) pode liderá-la, o que indica uma possível batalha política acirrada nos bastidores.

 

 

Além disso, outra CPI aguardada é a do Marajó, que surge em meio ao crescente desgaste na relação entre Lira e o governo Lula. Além das CPIs, uma proposta que ganha destaque é a PEC das prerrogativas, apresentada pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE), que visa restringir a presença da Polícia Federal nas imediações da Câmara. Essa medida surge em um momento em que os debates sobre limites e autonomia entre os poderes estão cada vez mais intensos.