Presidente do Irã promete resposta ao ataque de Israel ao consulado em Damasco

Ebrahim Raisi afirma que a ação agressiva não ficará sem consequências; Irã pede reunião de emergência na ONU

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 02/04/2024 - 10:56 hs
Foto: Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS


Nesta terça-feira (2), o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, declarou que o ataque de Israel ao consulado do país na Síria "não ficará sem resposta". A declaração foi divulgada pela agência de notícias iraniana Tasnim.

 

 

No ataque ocorrido na segunda-feira (1º), um prédio do Irã em Damasco foi destruído. Segundo informações da mídia estatal iraniana, o bombardeio realizado por aviões militares de Israel resultou na morte de Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, e outras seis pessoas.

 

O Irã afirmou ao Conselho de Segurança da ONU que tem o direito de retaliar o ataque de Israel e solicitou uma reunião de emergência para discutir a agressão.

 

De acordo com a Tasnim, o presidente Raisi emitiu um comunicado nesta terça-feira condenando o ataque e classificando-o como uma "ação agressiva e desesperada". Ele também ressaltou que a ação israelense viola as regras internacionais. Apesar de afirmar que o ataque não ficará sem resposta, o governo iraniano não revelou quais medidas serão tomadas.

 

 

O consulado do Irã em Damasco foi atingido por seis mísseis disparados de caças F-35, de acordo com Hossein Akbari, embaixador do Irã na Síria. Akbari, que residia em um anexo da embaixada e teve sua casa atingida, escapou ileso e afirmou que a resposta do Irã será severa.

 

O jornal "The New York Times" conversou com autoridades israelenses que confirmaram a autoria do ataque, no entanto, um porta-voz militar de Israel se recusou a fazer comentários sobre as notícias divulgadas pela mídia estrangeira.

 

A situação delicada entre o Irã e Israel evidencia a tensão na região, e a comunidade internacional acompanha atentamente os desdobramentos, esperando que a diplomacia prevaleça e que uma escalada de conflitos seja evitada.