Medicamentos terão reajuste de até 4,50% em 2024, segundo Cmed
Aumento anual entrará em vigor a partir de 1º de abril, levando em consideração a inflação e outros fatores
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) estima que os medicamentos sofrerão um reajuste de até 4,50% neste ano. O aumento anual está previsto para o dia 31 de março e passará a valer a partir de 1º de abril.
Esse reajuste leva em consideração o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses. Além disso, outros fatores como produtividade do setor, custos de produção não captados pelo índice e promoção de concorrência também são considerados na definição do reajuste.
É importante ressaltar que esse percentual não representa um aumento automático nos preços, mas sim um teto permitido à indústria farmacêutica. Cada empresa é livre para decidir se irá repassar o reajuste total ao consumidor ou manter um valor menor, desde que não ultrapasse o limite estabelecido pela CMED. Essa prática é regulamentada pela lei 10.742/2003.
Diferentemente dos anos anteriores, neste ano não haverá distinção de aumento em três faixas, que eram determinadas pela competitividade do mercado. Além disso, vale destacar que esse reajuste é o menor desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, quando o aumento foi de 4,08%. Em 2023, o máximo foi de 5,6%.
Para aqueles que necessitam de medicamentos gratuitos para doenças crônicas, como diabetes, asma e hipertensão, é possível obter esses remédios em farmácias conveniadas ao programa Farmácia Popular ou em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Paulo Vion, CEO da plataforma Consulta Remédios (CR), ressalta a importância da pesquisa de preços, que pode levar a uma economia de mais de 80%. Ele destaca o papel facilitador da compra online, permitindo aos consumidores realizar pesquisas de preços de forma mais fácil e conveniente, em comparação com a busca em diversas farmácias físicas.
Essa observação reforça a relevância da digitalização no setor de saúde. As plataformas digitais, como a Consulta Remédios, desempenham um papel crucial ao promover a transparência nos preços e facilitar a pesquisa de preços pelos consumidores.