Gabigol é punido com dois anos de suspensão por Doping

Atacante do Flamengo planeja recorrer da decisão

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 25/03/2024 - 17:40 hs
Foto: Wagner Meier / Getty Images


O atacante Gabigol, jogador do Flamengo, foi condenado a dois anos de suspensão em um julgamento concluído nesta segunda-feira (25) pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD/AD). A defesa do jogador já está planejando recorrer da decisão à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

 

 

Gabigol foi denunciado com base no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que prevê uma suspensão máxima de quatro anos. O julgamento, que ocorreu em duas partes, teve sua primeira sessão interrompida na semana passada após cinco horas de duração, sendo retomado nesta segunda-feira.

 

Caso a punição seja mantida após o recurso, ela ultrapassará o período de contrato de Gabigol com o Flamengo, que se encerra em 31 de dezembro de 2024.

 

A denúncia contra Gabigol se baseou em um episódio ocorrido em 8 de abril de 2023, véspera de um jogo contra o Fluminense pela final do Carioca. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem realizou um teste surpresa, fora de competição, no Ninho do Urubu, CT do Flamengo.

 

Segundo os oficiais de controle de dopagem, que são responsáveis por coletar as amostras dos jogadores, várias situações negativas foram relatadas sobre Gabigol. O jogador não compareceu aos oficiais antes do treino e ignorou sua presença após o treino, além de ter tratado a equipe com desrespeito. Os oficiais afirmaram que Gabigol estava irritado e utilizou uma linguagem rude.

 

 

 

 

Após essa polêmica inicial, Gabigol apareceu sem aviso prévio e pegou o pote para coletar a amostra de urina, sem a presença dos oficiais. O oficial de controle teve que correr atrás dele até o banheiro. É necessário que os oficiais tenham contato visual durante o processo de coleta para garantir que a urina não seja substituída por outra fonte ou de outra pessoa.

 

Segundo a denúncia, o jogador tentou esconder sua genitália no momento da coleta e entregou o pote aberto, contrariando as instruções do oficial de controle. Vale ressaltar que outros jogadores do Flamengo também foram submetidos ao teste naquele dia.

 

A defesa de Gabigol alegou que o comportamento do jogador não configura tentativa de fraude. Em relação ao tempo entre o treino e a coleta, a defesa argumentou que deveria ser respeitado um prazo mínimo de duas horas para que as taxas biológicas não fossem afetadas pelo esforço físico, a fim de obter um resultado preciso.

 

O advogado do atacante também afirmou que, caso a entrega do frasco estivesse em desacordo com as normas técnicas e de segurança, caberia aos oficiais recusarem a entrega e exigir uma nova coleta, o que não ocorreu. Agora, a defesa de Gabigol buscará reverter a decisão no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).