Na noite de quarta-feira (20/3), o presidente Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a nomeação de Luís Montenegro, líder do Partido Social Democrata (PSD), como o próximo primeiro-ministro de Portugal. A decisão ocorreu após um processo político que durou vários dias desde as eleições legislativas do país.

Segundo o site oficial da Presidência da República, Sousa realizou audiências com os partidos e coligações que se candidataram nas eleições de 10 de março para a Assembleia da República. A Aliança Democrática (AD), liderada por Montenegro, foi a vencedora tanto em mandatos quanto em votos. No entanto, conquistou apenas 80 assentos, bem abaixo da maioria parlamentar que conta com um total de 230 lugares. O Partido Socialista, atualmente no poder, obteve 78 representantes.

Montenegro, membro da centro-direita portuguesa, assumirá o cargo em 2 de abril. Seu desafio será formar um novo governo de coalizão, mesmo sendo minoritário. O líder do PSD já deixou claro que não pretende fazer acordos com o partido de extrema-direita Chega, que possui 50 assentos no Parlamento.

Agora, Montenegro voltará sua atenção para um possível acordo com o Partido Socialista. Durante uma reunião com o presidente de Portugal, Pedro Nuno Santos, representante dos socialistas, prometeu uma oposição "estável, forte e sólida", porém, "responsável" e "aberta a acordos".

Após seu encontro com Rebelo de Sousa, Montenegro expressou a vontade de seu partido de assumir a liderança do governo e ser nomeado primeiro-ministro.

Com uma carreira política iniciada no início dos anos 2000, Montenegro se filiou ao PSD e rapidamente ascendeu na hierarquia do partido. Em 2011, foi eleito para o Parlamento da República como deputado da cidade de Aveiro. Agora, ele enfrentará o desafio de liderar o país em um momento crucial para a política portuguesa.