Península de Reykjanes, na Islândia, vive sequência de erupções vulcânicas

Vulcões adormecidos despertam e lançam lavas na região, gerando impacto e atração turística

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 19/03/2024 - 10:53 hs
Foto: Marco Di Marco/AP


Na Península de Reykjanes, na Islândia, vulcões que estavam adormecidos há 800 anos voltaram a entrar em atividade em 2021, desencadeando uma sequência de erupções. Desde então, ocorreram pelo menos sete eventos vulcânicos. A mais recente delas aconteceu no último sábado (16), exigindo a implantação de barreiras de proteção para conter o fluxo de lava.

 

 

"A erupção foi bastante intensa e liberou uma grande quantidade de material, mais do que na erupção anterior. Como resultado, a lava estava fluindo em alta velocidade", disse Halldor Geirsson, professor associado do Instituto de Ciências da Terra da Universidade da Islândia.

 

A Islândia é uma ilha no Atlântico Norte conhecida por sua intensa atividade sísmica. Localizada entre as placas tectônicas eurasiática e norte-americana, a região é uma das áreas vulcânicas mais ativas do planeta, com 33 vulcões ou sistemas vulcânicos catalogados como ativos.

 

Em março de 2021, após semanas de pequenos terremotos, um vulcão na montanha Fagradalsfjall, a apenas 30 quilômetros de Reykjavik, entrou em erupção. A área está próxima do famoso resort de fontes termais da Lagoa Azul. A intensa atividade sísmica foi causada pelo movimento de grandes massas de magma, rocha derretida, a um quilômetro abaixo da península, em busca de uma rota para a superfície.

 

Naquela ocasião, um helicóptero da Guarda Costeira islandesa registrou imagens impressionantes da erupção, revelando rios sinuosos de lava. A erupção se manteve ativa por seis meses e se tornou uma atração turística.

 

Em agosto de 2022, um vulcão do sistema vulcânico Krysuvik entrou em erupção, atraindo milhares de curiosos para observar a lava que fluía do vulcão. Em julho de 2023, a pequena montanha Litli Hrutur também começou a expelir lava, levando as autoridades a emitirem alertas de gás tóxico para os moradores da península de Reykjanes.

 

 

Em dezembro de 2023, pesquisadores e autoridades islandesas já esperavam uma grande erupção devido aos constantes tremores de terra registrados no país. A erupção no sistema vulcânico Svartsengi ocorreu no dia 18 de dezembro, resultando na evacuação dos 4.000 residentes de Grindavik e no fechamento do spa geotérmico Lagoa Azul, um destino turístico popular. A fissura aberta tinha 4 km de extensão e liberava de 100 a 200 metros cúbicos de lava por segundo, um volume acima da média das erupções anteriores.

 

Em janeiro e fevereiro de 2024, novas erupções ocorreram na mesma região, atingindo os arredores da cidade de Grindavik e causando o fechamento de escolas e instituições públicas devido à destruição de infraestruturas de água quente por geotermia. A lava avançou cerca de 4,5 km a oeste da erupção, chegando a apenas 500 metros da Lagoa Azul.

 

Em março de 2024, o mesmo vulcão na região de Reykjanes entrou em erupção pela quarta vez em três meses, abrindo uma fenda de quase três quilômetros de extensão na península.

 

A sequência de erupções vulcânicas na Península de Reykjanes tem impactado a região, mas também tem se tornado uma atração turística, com visitantes curiosos vindo testemunhar a força e a beleza da natureza em ação. As autoridades continuam monitorando a situação e tomando as medidas necessárias paraTítulo: Península de Reykjanes, na Islândia, enfrenta sequência de erupções vulcânicas impressionantes