Casa de Cultura de São Miguel dos Campos celebra 40 anos de história

Descubra como o Palacete da Baronesa se transformou em um importante centro cultural

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 05/02/2024 - 14:04 hs
Foto: Assessoria


No último domingo (04), a Casa de Cultura de São Miguel dos Campos celebrou 40 anos de existência, proporcionando à comunidade miguelense uma ampla variedade de cultura e arte. Mas você conhece a história por trás desse lugar? Se não, o portal alagoasnttv tem todas as informações para você.

 

 

Em 4 de fevereiro de 1984, o historiador e professor Douglas Apratto Tenório tomou a iniciativa de transformar o Palacete da Baronesa na Casa da Cultura. O acervo do local é composto por obras de diversos pintores alagoanos, como Fernando Lopes, além de fotos antigas da cidade, personalidades alagoanas, mobiliário do século XIX, quadros, esculturas de madeira e cerâmica, entre outros.

 

Além de seu valioso acervo, a Casa da Cultura oferece diversos cursos ligados à área cultural, apresentações de folguedos populares, saraus de poesias, peças teatrais, palestras, exposições e festividades comemorativas. Além disso, o local abriga o Museu Histórico e Cultural Fernando Lopes, a Biblioteca Pública Municipal Escritora Guiomar Alcides de Castro e o Espaço Douglas Apratto Tenório.

 

A Casa também é sede da Secretaria Municipal de Cultura, do Telecentro de Informática Guiomar Alcides de Castro e da Academia Miguelense de Letras e Artes - AMILA.

 

Mas antes de ser a Casa de Cultura, você sabe para o que o prédio onde ela está localizada já serviu?

 

O Palacete foi construído em 1827 para Ana Maria José Lins, proprietária do Engenho Sinimbu. Naquela época, era utilizado como ponto de encontro de Ana Lins com amigos e familiares nos finais de semana, já que ela morava na casa grande do Engenho Sinimbu.

 

 

Após a morte de Ana Lins, o sobrado passou para seu filho, Francisco Frederico da Rocha, Capitão-mor e participante da Revolução Pernambucana em 1817 e da Confederação do Equador em 1824. Além do imóvel, ele também herdou o Engenho Varrela.

 

Francisco Frederico presenteou o sobrado a Epaminondas da Rocha Vieira, futuro Barão de São Miguel, como dote de casamento com Antônia Leopoldina da Rocha Vieira, que mais tarde se tornou a Baronesa de São Miguel. O palacete recebeu o nome em homenagem a Antônia Leopoldina, uma figura muito querida entre familiares e convidados, que frequentavam o local para participar de palestras, reuniões, saraus e bailes.

 

Após a morte do Barão em 1897 e da Baronesa em 1914, o imóvel sediou a Prefeitura do Município de São Miguel dos Campos até os anos 1940. A partir da década de 1950 até 1971, funcionou ali a cadeia pública municipal, a recebedoria estadual e o tribunal de júri.

 

É fascinante ver como o Palacete da Baronesa, com sua rica história, se transformou em um importante centro cultural para a comunidade miguelense. A Casa de Cultura de São Miguel dos Campos é um verdadeiro tesouro, preservando e difundindo a cultura e a arte em Alagoas.