Aumento alarmante de casos de meningite em Alagoas: Ano de 2023 supera 2022

Neste ano 11 óbitos pela doenças foram registrados

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 02/09/2023 - 07:00 hs
Foto: Pexels


O número de casos de meningite confirmados em Alagoas no ano de 2023 é maior do que no mesmo período de 2022. A forma bacteriana da doença é a mais preocupante para os órgãos de saúde, pois é mais fatal do que a forma viral. Nos últimos 12 meses, o estado registrou 25 casos de meningite bacteriana, dos quais 11 resultaram em morte. Nove das vítimas tinham até quatro anos de idade.

 

 

A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda que pode se manifestar de diferentes formas, sendo a meningite meningocócica a mais comum e a meningococcemia a mais grave. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a doença, sendo que a vacina para o sorogrupo tipo C é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a vacina para o tipo B está disponível apenas na rede privada.

 

De acordo com um documento, de agosto do ano passado até o último dia 29, 25 pessoas foram diagnosticadas com a doença, das quais 11 morreram. A maioria das mortes ocorreu em crianças de até quatro anos de idade, com duas mortes em adolescentes ou adultos.

 

Os sintomas mais comuns da doença incluem febre, manchas na pele, vômito, dor de cabeça, rigidez no pescoço, convulsões, coriza, tosse, diarreia, dor muscular, dor abdominal, coloração azulada da pele, pressão arterial baixa, confusão, náuseas, dificuldade de andar, diminuição da quantidade de urina, agitação e irritabilidade, irritação meníngea e abaulamento da moleira.

 

 

Dos casos confirmados, 16 foram do tipo B, para o qual a vacina está disponível apenas na rede privada. Não houve registro de casos do tipo C, para o qual a vacina está disponível na rede pública. Além disso, sete casos não foram identificados e dois aguardavam resultado.

 

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) informou que os municípios são responsáveis pela busca ativa e atendimento aos pacientes com meningite. O papel do Estado é monitorar os casos, fornecer assistência técnica e capacitar as equipes dos municípios. Em casos confirmados, o órgão auxilia no bloqueio vacinal dos contatos quando solicitado pelo município.