Entidades rechaçam alegação de que auditor fiscal assassinado recebia propina de dono de mercadinho: "Conduta ilibada

O crime ocorreu na última sexta-feira (26), enquanto o auditor estava no exercício da profissão

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Entidades que representam o fisco alagoano emitiram uma nota de repúdio na noite desta segunda-feira (29) contra as alegações da defesa dos suspeitos de matar o auditor fiscal João Assis. De acordo com Renan Rocha, advogado dos dois irmãos e da mãe, que foram detidos, eles alegam que o profissional da Secretaria da Fazenda cobrava propina constantemente do estabelecimento comercial, um mercadinho localizado em Maceió.

 

 

O crime ocorreu na última sexta-feira (26), enquanto o auditor estava no exercício da profissão. Ele teria abordado os irmãos após ter detectado irregularidades no mercadinho, segundo investigação policial. Inicialmente, um dos irmãos foi detido. Nesta segunda-feira (29), a mãe deles também foi presa por fraude processual e tentativa de ocultação de cadáver. Segundo a Polícia Civil, ela tentou apagar vestígios do crime e da autoria.

 

Já na tarde desta segunda-feira, o segundo filho da mulher se entregou à polícia e confessou o crime, alegando ter agido sozinho. De acordo com o chefe da Polícia Civil, Gustavo Xavier, em depoimento ele afirmou que, ao longo da abordagem, os dois teriam começado a discutir e entrado em luta corporal, momento em que ele esfaqueou o auditor fiscal.

 

Ainda segundo Xavier, esse terceiro suspeito teria afirmado que, conforme a vítima caía ao chão, ele utilizou uma pedra e a jogou contra a cabeça do auditor. Em seguida, conforme apontam diligências policiais, os dois irmãos e a mãe teriam levado o corpo de João Assis e o carro da Fazenda para um canavial, no Benedito Bentes. Lá, o auditor foi carbonizado e teve 95% do corpo queimado, conforme laudo do IML.