Trabalhadores alagoanos são resgatados de fazenda em situação de risco no Espírito Santo

Ministério Público do Trabalho coordena ação para garantir a segurança e retorno dos trabalhadores a Alagoas

Por Da Redação com Alagoas 24 horas 15/05/2024 - 09:50 hs
Foto: MTE/AL


O Ministério Público do Trabalho em Alagoas confirmou, no final da noite desta terça-feira, 14, que a Polícia Militar do Espírito Santo resgatou um grupo de trabalhadores alagoanos que se encontrava em situação de risco em uma fazenda no interior do Estado.

 

 

Por meio de nota, a Superintendência informou que tem mantido contato permanente com a Secretaria de Assistência Social do Espírito Santo para organizar o transporte e trazer os trabalhadores de volta a Alagoas. O órgão também entrou em contato com nossa equipe para garantir que todos cheguem em segurança.

 

Na última segunda-feira, um vídeo denunciando condições análogas à escravidão ganhou destaque nas redes sociais. Na gravação, uma mulher, junto com outros trabalhadores, relata que o grupo, oriundo de Penedo (AL), foi contratado para trabalhar em uma fazenda de café em Brejetuba, no Espírito Santo. No entanto, o sonho de uma vida melhor se transformou em um pesadelo.

 

 

"Somos um grupo de 11 pessoas que viemos de Alagoas para trabalhar na colheita de café. Eu vim como cozinheira e os outros como colhedores. Porém, ao chegarmos aqui, descobrimos que não há café suficiente para colher. O dono da fazenda nos ameaça, dizendo que se quisermos ir embora, podemos, mas ele está com nossos documentos e nos ameaça chamar a polícia a qualquer momento para nos prender. Estamos com picadas de mosquito pelo corpo, e embora haja comida fornecida pelo dono da fazenda, nossa dívida já chega a R$11 mil e só aumenta. Por isso, queremos sair daqui e ser resgatados", relatou a mulher.

 

O Ministério Público do Trabalho está atuando incansavelmente para garantir a segurança e o retorno desses trabalhadores a suas famílias em Alagoas. A situação é inaceitável e todas as medidas legais serão tomadas para responsabilizar os envolvidos e garantir a justiça para esses trabalhadores explorados.