O agente da Guarda Municipal acusado de ter apontado uma arma de fogo para cima e atirado durante uma manifestação pelo voto auditável, que ocorreu no último domingo (1º), no município de Palmeira dos Índios, em Alagoas, terá que se apresentar à Delegacia da cidade. A determinação é da prefeitura da cidade, por meio da Controladoria e Corregedoria do município e da Guarda Civil Municipal (GCM).

O advogado do agente e o comandante da Guarda Civil Municipal Gomes já compareceram à 5ª Delegacia Regional de Palmeira nesta terça-feira (3). No momento, o advogado apresentou ao delegado Rosivaldo Vilar um requerimento assinado pelo acusado, onde ele se coloca à disposição para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Gomes explicou que, ao tomar conhecimento do fato, pediu ao agente que entregasse a arma. "Levei na segunda-feira a arma para a Delegacia e a entreguei ao delegado Rosivaldo Vilar. Nesta terça, fui com o o advogado Felipe Medeiros, que encaminhou um requerimento de Apresentação Espontânea para que o agente preste esclarecimentos ao delegado. O delegado disse que o agente será notificado nos próximos dias e ele vai prestar todos os esclarecimentos com relação ao caso."

Diante do caso, o prefeito Júlio Cezar informou que solicitou a abertura do procedimento investigativo municipal, com Processo Administrativo Disciplinar (PAD). "A polícia vai tomar as providências de ordem legal. Não apoiamos esse tipo de postura e as medidas cabíveis serão aplicadas. Tratava-se de um ato democrático legítimo e de iniciativa da população. Esse tipo de atitude mancha não só a conduta velada a um agente público, mas também o objetivo democrático das pessoas de fazer suas manifestações. Por causa desse disparo, em via pública, o dr Alfredo Gaspar determinou a prisão do agente e respeitamos a decisão dele", contou.

*com informações da assessoria de imprensa.