Cantor Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Cantor sertanejo é investigado por suposto envolvimento em esquema de jogos ilegais; defesa nega acusações e afirma que a inocência será comprovada

Por Redação com informaões de UOL 30/09/2024 - 07:57 hs
Foto: Divulgação


O cantor Gusttavo Lima foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito de uma investigação que apura a atuação em jogos ilegais. A informação foi divulgada pelo programa Fantástico, da TV Globo, que teve acesso aos autos do inquérito. A defesa do artista reafirma sua inocência e nega qualquer envolvimento com atividades ilícitas.

 

 

O indiciamento ocorreu em 15 de setembro, e o inquérito aponta que o sertanejo se tornou sócio da empresa Vai de Bet em julho de 2024. A firma é uma das investigadas pela Operação Integration, que desvendou um esquema milionário envolvendo cassinos online e o jogo do bicho. Embora Gusttavo Lima tenha declarado possuir 25% da empresa, a polícia suspeita que ele já teria ligação com a companhia antes dessa data. A Vai de Bet, que chegou a patrocinar o Corinthians em 2023, também é alvo de outra investigação e rescindiu o contrato com o clube após as revelações.

 

Agora, o Ministério Público (MP) decidirá se irá denunciar o cantor à Justiça. Em meio à investigação, a Justiça de Pernambuco chegou a emitir um pedido de prisão para Gusttavo Lima, mas o artista havia viajado para a Flórida (EUA) horas antes. Seus advogados conseguiram derrubar a ordem de prisão na segunda instância em menos de 24 horas.

 

O esquema investigado pela Operação Integration não mira diretamente os sites de apostas esportivas, mas sim o uso dessas plataformas para lavar dinheiro de atividades ilegais, como o jogo do bicho. A operação, que também prendeu a influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, apontou ocultação de bens e movimentações financeiras suspeitas. A defesa de Gusttavo Lima alega que o artista não tinha controle sobre a Vai de Bet e que sua participação se restringia a 25% de eventual venda da marca, negando qualquer envolvimento com crimes financeiros.