Itália vai pedir que Robinho cumpra pena no Brasil por estupro

Atacante terá seu nome incluído na lista vermelha da Interpol. Assim, haverá contra ele um pedido de prisão provisória difundido para 195 países

Por www.portalalagoasNT.com.br | Ge 20/01/2022 - 23:01 hs
Foto: Divulgação


Condenado em última instância na Itália por violência sexual de grupo, o atacante Robinho, de 37 anos, terá seu nome incluído na chamada lista vermelha da Interpol. Na prática, isso significa que haverá contra ele um pedido de prisão provisória difundido para 195 países, para que comece a cumprir a pena de nove anos de detenção.

 

O mesmo acontecerá com seu amigo brasileiro, Ricardo Falco, também condenado no julgamento encerrado na quarta-feira na Corte de Cassação de Roma, que na Itália equivale ao Supremo Tribunal Federal brasileiro. A vítima do crime ocorrido em 2013, numa boate de Milão, foi uma mulher de origem albanesa, então com 23 anos, que prefere não ser identificada.

 

 

- Não se trata de Robinho, um jogador conhecido. Essa é uma atividade cotidiana, que fazemos centenas de vezes por dia. São muitos casos como o dele - afirmou ao ge Stefano Opilio, diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano.

 

Será Opilio, que já acompanha o caso, o responsável por encaminhar o pedido ao Estado brasileiro – a notificação chegará em Brasília ao Ministério da Justiça – e pela comunicação à Interpol para o pedido internacional de prisão contra Robinho e Falco.

 

A sentença da Corte de Cassação, como anunciado na quarta, estará disponível em 29 dias. A Procuradoria Geral de Milão, que começou a investigação do crime ocorrido numa boate na cidade e posteriormente denunciou o jogador e seu amigo por violência sexual de grupo, é responsável por pedir ao Ministério da Justiça italiano a execução da pena dos condenados.

 

O órgão geralmente espera a divulgação da sentença para só então solicitar a difusão da captura internacional, mas Stefano Opilio contou que há situações em que o pedido é imediato – sem depender da íntegra da sentença. A Procuradoria Geral de Milão ainda não se manifestou a respeito.