OAB São Miguel emite nota de repúdio após mulher ser esfaqueada pelo marido advogado

A nota de repúdio expressa apoio à todas as mulheres que conseguem romper a violência.

Por Emerson Tiago 17/09/2021 - 09:36 hs
Foto: Arquivo AlagoasNT


A Comissão das Mulheres Advogadas juntamente com a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados) da Subseção de São Miguel dos Campos se manifestaram após uma mulher ter sido esfaqueada pelo marido em São Miguel do Campos-AL

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A nota de repúdio expressa apoio à todas as mulheres que conseguem romper a violência e denunciar seus agressores e cita a ocorrência desta quarta-feira (15), quando uma mulher foi esfaqueada duas vezes pelo marido advogado motivado exclusivamente por ciúmes. 

 

De acordo com informações do Delegado João Macello, que está a frente do caso, o casal estava chegando na cidade, transitando pela BR 101, com a vítima dirigindo o automóvel, e o advogado no banco do carona. Em determinado momento houve uma discussão, então o advogado sacou uma faca e golpeou sua esposa no abdômen. 

 

 A Ordem dos Advogados do Brasil 6° Subseção repudia totalmente a violência cometida e comunica que está adotando as providências necessárias para auxiliar a vítima, bem como informa que deverá ser instaurando processo ético-disciplinar, a fim de apurar os fatos e o advogado acusado poderá sofrer sanções administrativas na Ordem dos advogados do Brasil", diz a nota. 

 

 O texto assinado pela presidente da Comissão Direitos Humanos OAB São Miguel dos Campos, Geilda da Silva Cirino, cita que "a violência contra as mulheres constitui grave violação dos direitos humanos! Toda a sociedade deve dar respaldo a essa mulher, e todas as mulheres que são submetidas às diversas formas de violência para que recebam do Estado a atenção, os cuidados e o suporte efetivos para retomarem livremente o curso de suas vidas. As convenções internacionais das quais o Brasil é signatário, em particular a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará), adotada em 1994, consignam que a violência contra as mulheres constitui grave violação dos direitos humanos.